terça-feira, 27 de julho de 2010

Violência contra a mulher, Lei Maria da Penha.

Violência... Precisa acabar!

O que é violência contra a mulher?

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.

“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres...”

Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993.

A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (Viena, 1993) reconheceu formalmente a violência contra as mulheres como uma violação aos direitos humanos. Desde então, os governos dos países-membros da ONU e as organizações da sociedade civil têm trabalhado para a eliminação desse tipo de violência, que já é reconhecido também como um grave problema de saúde pública.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), “as conseqüências do abuso são profundas, indo além da saúde e da felicidade individual e afetando o bem-estar de comunidades inteiras.”

De onde vem a violência contra a mulher?

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados, pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas vontades às mulheres.

Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência, sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Por que muitas mulheres sofrem caladas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.

O que pode ser feito?

As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das Mulheres e em organizações de mulheres.

Como funciona a denúncia?

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas. Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem ficar afastados do agressor.

Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode nomear um advogado ou advogada para defendê-la.

Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.

Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízos sofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais e Reparação de Danos.

A lei MAria da Penha

A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos.


Resumo de Pontos Importantes da Lei 11.340

PONTOS IMPORTANTES

1. Se aplica à violência doméstica que cause morte, lesão, sofrimento físico (violência física), sexual (violência sexual), psicológico (violência psicológica), e dano moral (violência moral) ou patrimonial (violência patrimonial);

1.1.No âmbito da unidade doméstica, onde haja o convívio de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

1.2.No âmbito da família, formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa.

1.3.Em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação;

2. Se aplica também às relações homossexuais (lésbicas);

3. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor;

4.Quando a agressão praticada for de pessoa estranha, como por exemplo vizinho, prestador de serviço ou médico, continuam os velhos TERMOS CIRCUNSTANCIADOS;

5. Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

6.Informar à ofendida os direitos a ela conferidos;

7. Feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade, de imediato:

7.1. Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar arepresentação a termo, se apresentada;
7.2. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato;
7.3. Remeter no prazo de 48 horas expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas;
7.4. Expedir guia de exame de corpo de delito e exames periciais;
7.5. Ouvir o agressor e testemunhas;
7.6. Ordenar a identificação do agressor e juntar aos autos sua folha de antecedentes;

8. O pedido da ofendida deverá conter: qualificação da ofendida e do agressor, nome e idade dos dependentes, descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida, e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida;

terça-feira, 6 de julho de 2010

Automedicação e seus riscos





A automedicação é a prática de ingerir substâncias medicamentosas sem o acompanhamento de um profissional. Ela ocorre quando o indivíduo tem algum sintoma e decide tratar-se sem consultar um médico ou quando é medicado por outra pessoa não habilitada para isso, como amigos e familiares.

Analgésico, antigripal, anti-inflamatório... Remédios que podem resolver uma simples dor de cabeça, podem até matar. Tomar remédios por conta própria pode trazer diversos efeitos colaterais. Alguns, no entanto, só aparecem mais tarde.

Apontamos aqui, três situações de risco da auto-medicação:

A primeira é o efeito acumulativo, quando uma pessoa consome grande quantidade de um determinado remédio por muito tempo. Como exemplo, o princípio ativo corticóide, encontrado em anti-alérgicos. O medicamento, nesse caso, além de combater o antígeno da doença, extermina também as células imunológicas, enfraquecendo o sistema de defesa do organismo.

Outra situação de risco é a superdosagem que pode causar intoxicações graves e provocar reações adversas.

Por último, o risco da baixa dosagem. Nos antibióticos, por exemplo,a dosagem menor do que a necessária, em vez de destruir, acaba dando resistência à bactéria e o medicamento fica sem efeito.

O uso indiscriminado de medicamentos é motivo de preocupação para as autoridades de vários países. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos ultrapassa 10%.

Ao invés do médico, balconistas de farmácias, amigos, familiares e conhecidos indicam medicamentos e soluções milagrosas para as mais diversas doenças. Na maioria das vezes, o usuário desconhece ou desrespeita as indicações de armazenagem e dosagem dos medicamentos. Além disso, quem recorre à automedicação não sabe identificar ou não fica atento a possíveis efeitos colaterais do produto. Apenas o médico sabe definir se o paciente poderá apresentar alguma reação alérgica a determinada droga e qual é a dosagem indicada para cada pessoa.

RISCOS ALTOS

Dosagens superiores à recomendada ou o uso simultâneo de dois ou mais remédios podem sobrecarregar o organismo e causar problemas em órgãos como o fígado, os rins e o coração. Mesmo medicamentos considerados corriqueiros, como a aspirina, podem provocar gastrites ou alergias se usados em excesso ou de forma incorreta. Antibióticos inadequados podem causar efeitos ainda mais devastadores.

Percebemos que redutores de colesterol, analgésicos, tranquilizantes, antidepressivos, controladores de apetite, antiácidos, antiinflamatórios e anti-hipertensivos são alguns dos medicamentos mais utilizados, sem orientação médica. É importante ressaltar que alguns desses medicamentos podem, inclusive, causar dependência. Esses remédios são utilizados para tratar males comuns, como ansiedade, depressão, estafa, colesterol elevado, fadiga, dor muscular, dor de cabeça, gripes, azia, hipertensão. Problemas que, em geral, podem ser evitados com a adoção de um estilo de vida mais saudável, boa alimentação e prática de exercícios físicos regulares.

Os medicamentos devem ser utilizados apenas quando houver uma indicação clara e precisa do médico. O diagnóstico errado das doenças, utilização de dosagem insuficiente ou excessiva, aparecimento de efeitos indesejáveis graves ou de reações alérgicas são apenas alguns dos riscos causados pela automedicação.


Os medicamentos são elementos essenciais à melhoria e manutenção do bem-estar físico e mental das pessoas. Por isso, devemos utilizá-los apenas quando houver uma indicação clara e precisa,segundo critérios científicos.

O diagnóstico errado das doenças, utilização de dosagem insuficiente ou excessiva, aparecimento de efeitos indesejáveis graves ou de reações alérgicas são apenas alguns dos riscos causados pela automedicação, um dos graves problemas de saúde do nosso país e que deve ser evitado por todos.

POIS PODE CAUSAR AGRAVAMENTO DE DOENÇAS OU LEVAR À MORTE.


De modo geral, as pessoas não têm a experiência necessária para reconhecer distúrbios, avaliar sua gravidade e escolher a terapêutica mais adequada para o caso. Vale ressaltar também que os medicamentos derivados de plantas medicinais também podem ser prejudiciais se usados de maneira inadequada.

CONSULTE SEMPRE SEU MÈDICO!

Sua SAÚDE é responsabilidade sua, a indicação da medicação correta para isso, é DELE.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Queda de Cabelo

QUEDA DE CABELO FEMININO
O susto pode ser maior que o problema

Se um quadro de alopecia (queda de cabelos) incomoda bastante aos homens, nas mulheres atinge de forma especial a auto-estima porque o embelezamento dos cabelos é muito curtido e considerado um aspecto fundamental da vaidade feminina.

Muitas vezes a preocupação com a queda é exagerada, explica a dermatologista Denise Chambarelli, já que é normal que os cabelos caiam e nasçam em proporções semelhantes. A tendência é se observar apenas os que caem durante a escovação e a lavagem, sem se levar em conta os fios que estão nascendo.

Estima-se que, em média, perde-se aproximadamente de 50 a 100 fios por dia. Parece muito, mas não é, tendo em vista que cada indivíduo normal possui entre 50 a 100 mil fios de cabelo.

Mas, quando a suspeita de queda anormal persiste, é preciso consultar um dermatologista para identificar a causa e indicar o tratamento adequado, diz a médica. As chances femininas de recuperação são maiores que as masculinas porque a perda de cabelo na mulher tem razões mais variadas, além de se manifestar de forma diferente.

A calvície de padrão feminino, em geral, produz uma rarefação de cabelo na frente, nas laterais e na coroa. Raramente, evolui para uma perda total do cabelo.

Prováveis causas

A genética, afirma Denise, é o fator mais determinante para a perda de cabelos, tanto nos homens quanto nas mulheres. Chamada de Alopecia Androgenética, responde pela maioria dos casos de calvície no homem e de afinamento do cabelo nas mulheres, principalmente após a menopausa.

Nos homens, geneticamente predispostos, a calvície pode se manifestar logo aos 20 anos, mostrando sinais clássicos como as “entradas” e a rarefação de fios no alto da cabeça. Há aqueles que aos 30 anos só têm uma coroa de cabelos à volta da cabeça.

Na Alopecia Androgenética Feminina (AAF) ocorre uma rarefação dos fios principalmente na linha que divide o couro cabeludo em duas metades, direita e esquerda. Esta tendência acentua-se no período que antecede a menopausa, quando os hormônios femininos diminuem em número e eficácia. Assim, a redução progressiva na produção de estrógeno pode provocar, entre outros efeitos, a queda de cabelos, mas a reposição hormonal também pode ajudar na sua recuperação.

As alterações hormonais podem acontecer mais cedo em razão da gravidez ou do uso de anticoncepcionais, lembra a dermatologista. Após o parto, o nível de progesterona diminui, o que predispõe à queda de cabelos. Problemas na tireóide ou hipófise também provocam disfunção hormonal e trazem entre as conseqüências, perda capilar.

O estresse emocional intenso, gerado por um fato marcante ou traumático, como uma cirurgia, um acidente, a morte de uma pessoa querida, ou até pelo período pós-parto, neste caso, agravado pelo fator hormonal, também pode dar origem à perda aguda e muito intensa de cabelo, durante dois, três meses. O estresse causa uma grande redução do crescimento dos folículos, que entram em fase de “descanso”, voltando a crescer depois que a fase passa.

Doenças febris, geralmente provocadas por infecções bacterianas, hemorragias e até dietas drásticas para emagrecimento rápido também são desencadeadores de uma perda temporária anormal, ocasionada pela carência de proteínas e hipovitaminose A, B e C. Nestes casos, a alimentação adequada traz de volta o equilíbrio do organismo.

Há ainda os tratamentos contra o câncer, em que a radioterapia e a quimioterapia promovem a perda súbita de cabelos, mas o quadro, geralmente, se reverte, quando cessam as aplicações.

As doenças crônicas como lupus eritematoso, artrite reumática, diabetes mellitus, infecções graves, etc. são outras causas de perda. Nestes casos, é necessário o tratamento da doença de base em associação com o tratamento dermatológico para que haja bom resultado.

Tratamento

Em relação ao tratamento, em geral, é longo e exige paciência e persistência. “Um tratamento anti-queda demora alguns meses, podendo durar até dois anos, embora se possa observar resultados já nos primeiros meses”.

Disfunção hormonal

Disfunção hormonal: vilã que ataca em silêncio!

Quilinhos a mais, suor excessivo ou cabelo sem vida. Antes de procurar qualquer alternativa estética, fique de olho, você pode ser vítima dela


Várias pesquisas científicas alertam as mulheres para um dado alarmante: estima- se que hoje uma a cada 15 mulheres desenvolve algum tipo de disfunção hormonal em seu organismo. E o mais chocante é que a maioria delas nem sabe que essas doenças existem.

Cabelos opacos, pele ressecada, perda ou ganho de peso sem motivo
aparente, menstruações desreguladas, tudo isso pode ser sintoma de um possível descontrole hormonal. Essas alterações podem ser desencadeadas por diversos motivos, mas sempre ligados a um fator determinante: a genética.

Segundo o endocrinologista Régis Salgado, conhecido por ser o médico de famosas como Luciana Gimenez, Iris Stefanelli e Sonia Abrão, “O descontrole hormonal pode acontecer em qualquer faixa etária e classe social. A grande explicação para o aparecimento do problema é a hereditariedade”, explica.

Há ainda sintomas mais difícieis de lidar, como depressão, irritabilidade, sensibilidade ao frio e baixa libido. Apesar de não refletirem diretamente na estética, afetam as relações pessoais e o rendimento no trabalho.

De acordo com um estudo realizado pelo Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 22% das mulheres de todas as idades tem problemas com relação ao desejo sexual. Na faixa de mais de 50 anos o índice salta para 40%. “Quando essa falta de desejo ultrapassa os seis meses, torna-se importante investigar a causa e procurar tratamento, já que pode indicar uma disfunção da tireoide”, indica a psicóloga Carmita Abdo, coordenadora do projeto.

Como cada organismo reage de uma forma, muitas vezes a mulher procura dezenas de médicos antes de encontrar um diagnóstico preciso. Isso porque muitos profissionais acabam se baseando apenas nos resultados laboratoriais, sem avaliar a fundo as reações visíveis do corpo, por exemplo.

“É preciso avaliar cada caso. Se uma paciente está com os exames normais, mas relata alterações físicas e psicológicas compatíveis com uma disfunção hormonal, sem dúvida vou levar em consideração essa avaliação para tratar a doença”, conta Dr. Régis Salgado, especialista em metabolismo e emagrecimento.

“É comum as pacientes chegarem ao consultório tomando medicamentos para depressão, tristeza e cansaço, o que mascara os sintomas da disfunção hormonal. O melhor conselho é buscar sempre um diagnóstico preciso de quem procura entender o corpo como um todo e não por partes”.

Causas e consequências

Ainda não é possível evitar que o corpo entre em desordem hormonal, mas alguns hábitos podem ajudar a potencializar os sintomas. “Fumo, consumo de bebidas alcoolicas e uso de pílula anticoncepcional não são, na prática, causas de desequilíbrios hormonais, mas influenciam de maneira negativa a doença”, explica Régis Salgado.

No entanto, o vilão da vida moderna tem uma posição de destaque como agente desencadeador das disfunções: o estresse. “O cortisol que circula no organismo da pessoa estressada é um hormônio produzido pelas suprarrenais e afeta o sistema imunológico, além de aumentar a pressão arterial e a glicose no sangue. Se o corpo fica mais propenso a doenças, também se torna mais frágil aos problemas hormonais”, revela.

Quanto ao tratamento, o médico revela: “Infelizmente, a medicina ainda não está tão evoluída a ponto de conseguir estimular uma glândula a produzir hormônio. Logo, problemas como o hipotireoidismo são tratados com reposição hormonal, o que faz com que seja preciso encontrar uma dose adequada individualmente”.

A gravidez também pode provocar um descontrole hormonal. De acordo com o ginecologista e obstetra Linderman Alves Vieira, chefe da Maternidade Carmela Dutra (RJ), no caso da gestação, o ciclo menstrual é suspenso por muito tempo e o corpo é exposto a outros hormônios além da progesterona e do estrógeno, como a prolactina, responsável pela produção de leite.

Todas as mudanças podem causar uma confusão no organismo, que ao tentar retomar o ciclo natural da mulher, pode acabar desregulado. No caso da Síndrome do Ovário Policístico, somente depois de dois anos da primeira menstruação é que seu diagnóstico pode ser feito.

Um agravante ao tratamento da doença é a grande porcentagem de pacientes que apresentam resistência à insulina, podendo até levar à
diabetes. Pensando nisso, a obesidade tem lugar de destaque como agente agravante da doença: pessoas obesas têm o risco de se tornarem diabéticas em até 90% dos casos.

Diagnóstico Preciso

Se você tiver algum tipo de dúvida de que seus hormônios estão em ordem, consulte imediatamente um endocrinologista. Ele vai te pedir um exame de sangue chamado TSH e T4, para avaliar se suas taxas hormonais estão mesmo de acordo. Caso a dúvida seja a respeito da Síndrome dos Ovários Policísticos, o mais indicado é procurar um ginecologista.

Para detectar a doença e saber se há modificações estruturais nos ovários, é necessário fazer exames de imagens, como a ultrassonografia. Hoje em dia, os diagnósticos mais precisos são feitos com aparelhos mais modernos, como o ultrassom Doppler colorido. O exame é muito preciso, pois consegue visualizar a circulação do sangue nos ovários dando clareza ao diagnóstico.

Agora, se você foi diagnosticada com algum tipo de disfunção hormonal, não se desespere. O mais indicado é seguir com o tratamento específico para o seu caso, e assim voltar a ter uma vida normal. Ninguém precisa se sentir condenada por tomar uma medicação pelo resto da vida, afinal, o que importa é a qualidade de vida restabelecida pelo medicamento.

>> Nutrição funcional: uma forma natural de amenizar os sintomas

A melhor maneira para controlar os sintomas de qualquer doença é ter uma alimentação balanceada e feita de acordo com as necessidades do organismo da paciente.

“O tratamento nutricional funcional auxilia na prevenção de patologias associadas à síndrome dos ovários policísticos e ajuda a restabelecer o equilíbrio bioquímico do organismo da mulher, sempre levando em consideração a individualidade de cada uma”, explica a nutricionista clínica funcional Daniela Jobst.

“Uma dieta com baixa ingestão de gorduras saturadas, rica em fibras e em alimentos antioxidantes e com baixo índice glicêmico, é uma ótima escolha para as pacientes. Esse tipo de alimentação, em curto prazo, reduz os sintomas, e em longo prazo, diminui as chances de a mulher ter as doenças ligadas à sensibilidade a insulina”, afirma Daniela.

No caso de quem possui problemas de tireoide, é recomendável fazer uma suplementação com as chamadas “gorduras do bem”, contidas em alimentos como salmão, atum, sardinha e castanhas, que contêm ômega 3 e 6.

>> Conheça os distúrbios hormonais mais comuns

Tireóide

A disfunção na tireoide, uma glândula em forma de borboleta que fica na base do pescoço, é muito comum nas mulheres. Acredita-se que pelo menos 20% da população feminina sofra com o mau funcionamento da glândula responsável pela produção dos hormônios que regulam o organismo.

Existem vários tipos de alterações da tireoide, os mais frequentes são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.

Hipotireoidismo: problema mais comum ligado à tireoide. Caracteriza-se pela diminuição ou falta de produção do hormônio T4.
Sintomas: ganho de peso, cansaço, alteração do ciclo menstrual, pele oleosa, sensibilidade ao frio, queda e quebra de cabelo, sonolência, depressão e fragilidade das unhas.
Tratamento: reposição hormonal com controle pelo resto da vida.

Hipertireoidismo: é menos comum e mais grave, pois pode levar a problemas cardíacos e até a morte. Caracteriza-se pela superprodução dos hormônios T3 e T4.
Sintomas: emagrecimento rápido e sem motivo, exoftalmia (“olhar assustado”), taquicardia, irritabilidade, hiperatividade alterações no humor e pele ressecada.
Tratamento: injeção de um neurotransmissor para bloquear o funcionamento exagerado da tireóide.

Ovários

Síndrome dos Ovários Policísticos: trata-se de uma desordem complexa e multigênica que afeta a regulação e a produção dos hormônios sexuais femininos. Pode causar infertilidade e aumenta o risco de diabetes, síndrome metabólica, doenças vasculares, câncer do endométrio e obesidade.

Acredita-se que cerca de 15% da população feminina seja afetada pela doença, que costuma se manifestar na adolescência. Sintomas: menstruação irregular, pele oleosa e acneica, queda de cabelo e crescimento de pelos no rosto, no peito e no abdômen.

Tratamento: reposição hormonal por meio de pílula anticoncepcional é o método mais comum, mas o anel vaginal e a injeção hormonal também podem ser indicados em alguns casos. A operação é recomendada como a última opção, somente em casos urgentes, quando após ou durante o tratamento não há evolução.

Karla V. Fraga

Nova Lei para planos de saúde.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Complementar ( ANS)

As consultas anuais com alguns profissionais aumentaram. Serão cobertas 40 sessões com psicólogos, 12 com nutricionistas e 24 com fonoaudiólogos. O PET Scan, exame para detecção de câncer, e o transplante de medula óssea também terão que ser cobertos. Assim como outros tratamentos também foram incluídos na lista.

Claro que esses números não são ideais.

Mas essas alterações mostram que de alguma forma as campanhas, como a da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, dão certo e que devemos continuar brigando por nossos direitos.

CONSULTAS AMPLIADAS:(ano)

Fonoaudiólogo de 6 para 24
Nutricionista de 6 para 12
Terapia ocupacional de 6 para 12
Psicólogo de 6 para até 40

Cirurgias por vídeo no torax: são 26 novas cirurgias cobertas por esse método;

Exames laboratoriais: mais 17 exames adicionados a listagem;

Exames de genética: alterações cromossômicas em Leucemia;

Promoção à saúde e prevenção de doenças;

Transplante de medula óssea;

Saúde mental: o atendimento de hospital dia, tornou-se ilimitado, como alternativa a internação;

Odontologia:ao atendimento se inclui colocação de coroa e bloco;

Novas tecnologias, como: PET- SCAN oncolólico e oxigenoterapia hiperbárica.

PET- SCAN oncológico:Indicado no tratamento de câncer pulmonar,de células não pequenas. Também aplicado no tratamento de Linfomas.
OXIGENOTERAPIA: Aplicá- se ao tratamento de doenças no caso em que o maior aporte de oxigênio, é benéfico.

Se o seu plano de saúde ainda não cobre os procedimentos mínimos, denuncie. A ONG Saúde Legal pode dar respaldo jurídico gratuito.